Olá, meu axé a todos!
Historicamente a mulher tem conquistado um papel importante na sociedade brasileira. Nós possuímos uma história de luta e resistência diante de uma sociedade colonial. Lutamos para conquistar nosso papel em uma sociedade patriarcal e machista e atualmente ocupamos posições importantes no meio social, político, cultural e principalmente religioso. São tantas as mulheres, senhoras, meninas, moças, idosas que trabalham que, se formos analisar, hoje a maioria dos Terreiros é composta por um número maior de mulheres médiuns.
Com essas conquistas e mudanças, hoje
uma mulher pode ter seu trabalho remunerado, ser funcionária de uma empresa, ter
seu próprio negócio e sustentar a economia do lar, ser dona de casa, ser mãe, esposa e lidar com os problemas dos filhos e
marido, e possuir um forte vínculo com a religiosidade, principalmente quando
se trata de religiões como a Umbanda ou o Candomblé. Entender a questão da
valorização da mulher de Axé enquanto trabalhadora, mãe, provedora do lar em
seu meio social, proporciona assim uma maior compreensão sobre as razões que
levaram essas mulheres a lutarem pela equidade de forma coletiva.
As sacerdotisas de Umbanda hoje, além de serem mães de seus filhos de santo, dividem seu tempo entre o terreiro e os afazeres da vida moderna e carregam na bagagem todas as responsabilidades dela. Elas são como uma árvore, cheia de frutos cedendo sua sombra a todos que a ela chegam, ou um rio que além de matar a sede dos que ali chegam também reflete a imagem para que se reconheçam e tenham a oportunidade da mudança interior.
Um compromisso que quase nunca tem hora marcada, que possui dias pré-estabelecidos, mas se chega alguém pedindo socorro no meio da noite, ela nunca negará. Então, cada vez mais pessoas chegam à procura de uma orientação, um carinho, um acolhimento ou ainda de uma solução para um problema aparentemente sem saída ou a cura de uma doença gravíssima.
E como conciliar tudo isso e
ser perfeita em todos os seus afazeres?
Digo que não existe a perfeição,
somos seres humanos, passíveis de erros e acertos. Uma hora acertaremos e em
outras podemos cometer erros que nem sempre serão logo corrigidos, mas com toda
a certeza foram cometidos tentando acertar e auxiliar seja o filho de carne ou
o de santo, seja o consulente, seja o patrão ou até mesmo um desconhecido. Assim
como o cuidar e zelar da casa, da família, do trabalho faz parte do dia a dia,
a mulher do Axé e sacerdotisa cuida e zela de seu terreiro e seus filhos de
santo. Ela se sente responsável por quem faz parte da casa, pela assistência,
pelos Guias e Orixás que ali trabalham.
O cansaço bate, ela não pode ter
problemas e nem ficar doente, está sempre a postos para todas as situações. Se
desdobra, mas faz porque acredita nas pessoas, acredita num bem maior e acima
de tudo acredita na espiritualidade que nunca desampara.
Peça sua benção, aprenda com ela,
dê valor e seja grato. Ela pode não ser perfeita, mas está lá a frente de um
trabalho por você e sua espiritualidade.
Saravá meus filhos, Que Oxalá Abençoe!
Andréa Campos
Dirigente Espiritual da
Casa de Caridade 7 Forças de Olorum
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Suuuuuuper beijo
=(^.^)=