BOA ALIMENTAÇÃO + ATIVIDADE FÍSICA = SAÚDE OU DOENÇA?

Boa alimentação aliada à atividade física são sinônimos de saúde e longa vida. Mas, será mesmo que a busca por uma alimentação saudável e exercícios físicos resultam em saúde? Compreendemos Saúde como um corpo magro e musculoso?

Muitas pessoas podem demonstrar uma preocupação excessiva com a alimentação saudável e com o corpo sarado e cheio de músculos. Podemos presenciar isso em conversas com amigos, e até entre celebridades que buscam este “corpo perfeito”.

A idealização exagerada do “corpo ideal” vem fazendo com que as pessoas sacrifiquem sua saúde e vida praticando de modo exagerado exercícios físicos e utilizando de dietas radicais para não dizer malucas. Isso compromete todo sistema digestivo, endócrino, e resultando no mau funcionamento cerebral, pois o corpo privado de nutrientes essenciais ao organismo compromete todo funcionamento do organismo.

Quando esta preocupação sai do controle impedindo a convivência social normal. Por exemplo, quando nos questionamos o quanto de colesterol, ou carboidrato, tal alimento possui? Ou ainda deixamos de ir a algum lugar, pois a comida que servem é calórica?

Os transtornos alimentares são quadros clínicos vinculados com o avanço tecnológicos, na medida em que os avanços ocorrem mais aumentam e surgem novos tipos de transtornos. Na maioria dos casos afetam em maior prevalência as mulheres, por terem uma maior cobrança socialmente instituída pelas pessoas que formam a sociedade. Todavia, em menor proporção recaem sobre os homens.

Para grande parte das pessoas, os hábitos podem parecer normais, mas se você fez ou conhece alguém que apresentam alguma característica abaixo:

• Rotina inflexível de exercícios
• Potes de suplementos alimentares
• Alimentação restritiva
• Horas de análise de rótulo de alimentos
• Preocupação excessiva com a qualidade e a forma de preparo dos alimentos
• Marmitas em qualquer evento social (casamento, cinema, reunião com amigos, etc)
• Isolamento social
• Ausência de prazer ao alimentar-se
• Culpa ao quebrar ou furar a dieta

Parece que se identificou ou conhece alguém que apresenta tais comportamentos? Então vamos dar nome e explicar do que estamos falando: Ortorexia e Vigorexia.

Pessoas com Ortorexia buscam uma vida saudável, porém com extremas restrições alimentares, dedicando horas do seu dia para selecionar o melhor alimento, como prepará-lo, como preservar o alimento para ser consumido daqui a algumas horas, entre outras preocupações. Contudo, os alimentos ingeridos acabam não sendo o necessário para suprir as necessidades do corpo, resultando em outros problemas ou doenças como: anemia, baixa imunidade, falta de vitaminas; podem ficar sem comer caso não encontrem o alimento que consideram apropriados.

Diferente dos demais transtornos os ortoréxicos não estão preocupados com o “corpo perfeito”, mas trata-se de uma situação que a alimentação domina o pensamento e o comportamento. Podem apresentar: ansiedade, extremo autocontrole, são pessoas detalhistas.

A vigorexia é mais frequente entre os homens, e caracteriza-se pela insatisfação com a sua massa muscular, levando a prática constante de exercícios físicos, pensando somente no aumento de massa muscular e não na qualidade de vida. Consideram-se pessoas fracas, sempre em busca de como ganhar mais massa muscular. Neste objetivo utilizam de dietas ricas em proteínas, suplementos alimentares, e até mesmo esteroides e/ou anabolizantes. Mas insatisfeito com o corpo tende a aumentar cada vez mais as doses de esteroides, anabolizantes e pratica de exercícios que pode desenvolver desde lesões musculares, até doenças como: diabetes, doenças cardíacas, hipertensão, arteriosclerose, e, caso nunca alcance a sensação de ter atingido seus objetivos, podem fazer uso abusivo da substância, até chegar a óbito.

Tanto a ortorexia quanto a vigorexia são transtornos alimentares que possuem tratamento. Uma boa alimentação e a prática de atividades físicas são importantes para uma boa qualidade de vida, porém a busca excessiva do corpo perfeito é prejudicial para mente, e com isso, modificamos nossa vida para atender uma necessidade do outro. O equilíbrio é essencial para manutenção emocional, mental, físico, alimentar.

 

 

Diego Oliveira
Psicólogo – CRP 06/111249 

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