A umbanda é um culto de eguns, os caboclos pretos-velhos, exus, baianos, boiadeiros são todos eguns, ou seja, espíritos de pessoas que já viveram na terra em alguma encarnação.
Eguns nada mais são do que espíritos que já
desencarnaram, e kiumbas e sofredores são exatamente a mesma coisa, porém há
entre eles uma importante e significativa diferença: o nível de evolução
espiritual.
Vamos lá para as diferenças:
Eguns - Espíritos que viveram na terra em algum momento
(eu, você quando fizermos a passagem, seremos eguns), são espíritos evoluídos
ou não que já desencarnaram. O que acontece com os recém desencarnados é a
confusão natural da sua nova condição associada a uma vontade, às vezes, bem
intencionadas de ajuda aos que ficaram, por isso nas consultas dos terreiros
ouvimos:
- Você está
cheio de egum. Ele é perigoso! Precisa arrear trabalho para tirar energia de
egum!
Sofredor – Egum que está perdido por algum vínculo com a
vida material. Sofre por estar nessa condição e precisa do vínculo para
“viver”. Se alimenta do ectoplasma dos seres humanos, dos vícios e muitas
vezes, até para serem ajudados precisam do fluído vital da incorporação para
conseguirem ser ajudados.
Kiumbas – São eguns ainda muito rudes e atrasados na escala da evolução espiritual, são considerados negativos e por vezes se fazem passar por entidades de Umbanda, normalmente exus e pombogiras, trazendo uma visão muito negativa e inverídica para essa linha na Umbanda. São marginais do baixo astral, maldosos e endurecidos que gostam de fazer o mal e perturbar a paz de quem só quer o bem.
É necessário que os níveis de vida mantenham sua
independência: o encarnado e o desencarnado, evitando influências onde, na
maioria das vezes, mais atrapalham do que ajudam devido ao não preparo que a
maioria dos espíritos desencarnados apresentam. Somente após um aprendizado com
os guias de luz e com a autorização superior, ai sim podem de forma positiva e
benéfica atuar no auxílio aos encarnados.
Assim é a Umbanda, ajudando na caminhada de todos,
indiscriminadamente!
Andréa Campos
Dirigente Espiritual da
Casa de Caridade 7 Forças de Olorum