No dia-a-dia podemos estar cercados por pessoas seja familiares, amigos do trabalho, infância, vizinhos, pessoas que compartilham gostos semelhantes, como por exemplo, de nossa religião, escola, pessoas que passaram ou estão pela mesma situação que estamos vivenciando. Todavia, todos compõem a rede de apoio?
Para que uma pessoa seja considerada pertencente a nossa rede de apoio, ela deve ter uma importância significativa ligada ao afeto. Essas pessoas compõem a rede de apoio, pois estão ligadas a nós, entrelaçados na nossa história, como uma rede que sustenta, e apoia durante qualquer problema, dificuldade, ou desafio.
Estes tem um papel importantíssimo no processo de superação da doença, afinal, são eles que estão conosco no cotidiano, nos momentos da crise intensa, dividimos com eles o sofrimento e acompanham nosso processo de resignificação e/ou cura da doença que fomos acometidos.
Entretanto, cabem algumas dicas sobre a rede de apoio:
(Só) a família não é rede de apoio
Muitas pessoas acreditam que a família ou pessoas que moram conosco são rede de apoio, mas, o que acontece se este outro não puder ser nossa rede de apoio? Essa situação pode gerar frustração. Além disso, por ser uma relação de intimidade, muitas vezes é difícil impor limites diante de familiares. Há ainda familiares que moram em outra cidade ou não dispõem de tempo ou não desejam cumprir este papel. Por isso, é interessante não contar exclusivamente com essas figuras, tendo sempre a delicadeza de respeitar o espaço e a liberdade de todos.
Quem pode ser nossa rede de apoio?
Todos que tiverem a disponibilidade, compreensão, paciência, e acima de tudo, que possamos confiar. Pode ser o nosso médico, psicólogo, familiares, amigos, vizinhos, o líder religioso, pessoas que tenham passado pelo mesmo problema, doença, transtorno, crise que estamos vivenciando.
Explicar o que você precisa
Nem sempre as pessoas sabem o que esperamos dela, ou necessitamos delas no período de crise. É muito comum que as pessoas que compõem nossa rede de apoio queiram fazer tudo que estamos com dificuldade, contudo muitas vezes só precisamos desabafar, ou que elas somente estejam ali do nosso lado sem fazer nada. Não hesite em deixar claro o que você gostaria de receber para não gerar atritos e frustrações.
Não ter vergonha de pedir ajuda
Pedir ajuda certamente é um grande desafio para maioria das pessoas, vivemos em tempos que o pedir ajuda é compreendido como sinal de fracasso. Mas, não tenha vergonha de pedir ajuda, afinal não somos autossuficientes, somos humanos, vulneráveis, temos nossas limitações. E quando pedimos ajuda a alguém, ela se sentira mais a vontade para pedir ajuda para nós quando precisar, assim, estreitamos os laços de parceria.
Se preparar para ouvir um não
Sem dúvida ninguém gosta de ouvir um não. Por mais que isso seja frustrante, não estamos livres que isso aconteça, faz parte da vida. É importante respeitar o espaço, o tempo e o desejo do outro. Não podemos desanimar frente ao não de uma pessoa, por isso a rede de apoio é formada por mais pessoas para que quando uma não puder podemos acionar outras pessoas que estejam disponíveis.
Ter pessoas que possuem um significado importante a nosso redor nos auxiliando, escutando, apoiando e atendendo nossas necessidades dos momentos de crise permite que nos sintamos seguros e que não percorremos este caminho sozinho.
Qual sua rede de apoio?
Psicólogo – CRP 06/111249
Contato:
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